Fonte: http://www.forsea.org/pugetsoundbook/metals.html
O
alumínio encontra-se combinado com outros elementos
mais comumente com oxigênio, silício e flúor.
Geralmente o alumínio é encontrado em compostos presentes no solo,
minerais e argilas, sendo a bauxita o principal minério (ATSDR,
2008a).
No
ar, normalmente, é encontrado sob forma de aluminossilicatos associados ao
material particulado (SILVA, 2007).
O
alumínio presente em material particulado atmosférico é essencialmente derivado
do solo e de processos industriais através
dos quais os materiais da crosta terrestre (por exemplo, minerais) são processados. O alumínio é encontrado como silicatos,
óxidos e hidróxidos nessas partículas. Compostos de alumínio não
podem ser oxidados e as transformações atmosféricas não seriam esperadas para
ocorrer durante o transporte. Se partículas de alumínio metálico são liberadas
no ar durante o processamento do metal, são rapidamente oxidadas (ATSDR,
2008a).
As
emissões antrópicas de alumínio originam-se tanto de processos de combustão
quanto das indústrias química e siderúrgica. Comprovadamente, emissões elevadas
de alumínio podem ter em plantas efeitos tóxicos que se manifestam na forma de
retardamento do crescimento, descoloração de tronco e folhas e por lesões no
sistema radicular (GUTBERLET,1996).
As
vias de entrada desse elemento químico no organismo humano são por inalação, ingestão
ou contato com a pele. Pessoas que respiram grandes quantidades de poeiras de
alumínio podem apresentar efeitos neurológicos como alterações da função
congênita, disfunção motora e neuropatia periférica. Indivíduos que apresentam
problemas renais podem armazenar grande
quantidade de alumínio no corpo devido à diminuição da taxa de eliminação do
mesmo pela urina (ATSDR, 2008; SILVA,2007).
Também pode ocorrer outro distúrbio
respiratório associado ao material particulado e a fumos contendo alumínio.
Trata-se da doença pulmonar obstrutiva, que leva a uma forma de persistente de
asma (O’DONNEL, 1989 apud SILVA,
2007).
Em casos extremos, a acumulação
de alumínio pode causar ainda uma aglomeração das microfibrilas celulares e
assim originar uma incapacidade funcional nervosa. Cientistas suspeitam que
taxas elevadas de alumínio no corpo humano podem causar lesões graves no
sistema nervoso central como a degradação da medula óssea com paralisia
muscular espásmica. Concentrações elevadas de alumínio no cérebro são
encontradas principalmente em trabalhadores de fundições de alumínio
(GUTBERLET, 1996).
(GUTBERLET, 1996).
Como
um elemento, o alumínio não pode
ser degradado no meio ambiente, mas pode sofrer precipitação ou várias reações de
troca de ligante. O alumínio em compostos tem apenas um estado
de oxidação (+3), e não sofre reações de oxidorredução em
condições ambientais. O alumínio pode ser complexado por
ligantes diferentes presentes no ambiente (por exemplo, fúlvicos e ácidos
húmicos). A solubilidade do alumínio, no meio ambiente, dependerá
da presença e tipos de ligantes e do pH (ATSDR, 2008a).
Níveis de alumínio no ar
geralmente variam 0,005-0,18 mg.m-3, dependendo da localização, condições
climáticas, tipo e nível de atividade industrial na área. A maior parte do
alumínio no ar é na forma de pequenas partículas em suspensão de solo (poeira).
Níveis de alumínio, em zonas urbanas e industriais, podem ser maiores e pode
variar de
0,4-8,0 mg.m-3(ATSDR, 2008a).
0,4-8,0 mg.m-3(ATSDR, 2008a).
Cálcio (Ca)
De acordo com Vaitsman, Afonso e Dutra (2001), o
cálcio é um metal alcalino terroso, muito reativo, abundante na crosta
terrestre. Trata-se de um elemento
químico que aparece na natureza como carbonato, sulfato, fluorita e fosfatos,
que possuem grandes aplicações na indústria química e outras áreas.
O cálcio é usado como agente redutor na obtenção de
outros metais, é desoxidante, dessulfurizante e descarburizador para metais não
ferrosos. Também é um metal componente de ligas com alumínio, berílio, cobre,
chumbo e magnésio e ingrediente básico do cimento (tipo Portland).
O cálcio desempenha funções vitais na atividade
cardíaca, na coagulação sanguínea, na contração muscular e na transmissão
nervosa. Entretanto, a ingestão elevada de cálcio pode levar à calcificação
excessiva dos ossos e de tecidos moles como os rins, obesidade abdominal,
tártaro dentário, assaduras, brotoejas e bursite (VAITSMAN; AFONSO; DUTRA, 2001;
SANTOS, 2009).
Cádmio (Cd)
O cádmio é um metal encontrado na crosta terrestre, associado com o zinco,
chumbo e minério de cobre. A produção
comercial de minério de cádmio depende da extração de zinco. O cádmio é comercialmente
disponível como um óxido, cloreto, ou sulfureto (ATSDR, 2008b).
O
cádmio é emitido para o solo, água e ar pela mineração, refino, produção e incineração de metais não ferrosos, aplicação de
fertilizantes fosfatados, queima de combustíveis fósseis
e a eliminação de resíduos. O cádmio
pode acumular em organismos aquáticos e nas culturas agrícolas (ATSDR, 2008b).
As fontes mais importantes de
cádmio no ar são as fundições. Outras fontes de cádmio no ar incluem queima de
combustíveis fósseis como o carvão ou petróleo, incineração de resíduos urbanos
tais como plásticos (quando é usado como estabilizante) e baterias de
níquel-cádmio (que pode ser depositado como resíduo sólido), e de indústrias de
produção de ferro e aço (GUTBERLET, 1996; ATSDR, 2008b).
O cádmio
está presente no ar na forma de partículas (como
óxido, cloreto, sulfato) ou vapores (a
partir de processos de alta temperatura). Ele pode ser transportado a longas distâncias na atmosfera,
quando haverá deposição úmida ou seca para solos e para águas
superficiais (ATSDR, 2008b).
A mobilidade do cádmio
e seus compostos no solo depende do pH e da quantidade de
matéria orgânica. Geralmente, o cádmio
liga-se fortemente à matéria orgânica, será imóvel no solo e móvel nas plantas e
assim entrará na cadeia alimentar (ATSDR, 2008b).
O cádmio é uma espécie não essencial,
tóxica e que tende a se acumular nos
rins e fígado. Seu efeito tóxico está ligado a uma possível competição com o zinco, em
processos enzimáticos e à inibição da absorção de cobre
(VAITSMAN; AFONSO; DUTRA, 2001).
rins e fígado. Seu efeito tóxico está ligado a uma possível competição com o zinco, em
processos enzimáticos e à inibição da absorção de cobre
(VAITSMAN; AFONSO; DUTRA, 2001).
A cada dose de cádmio inalada, os pulmões absorvem cerca de 10% a 50%, dependendo
do tamanho das partículas, a solubilidade
do composto específico de cádmio inalado e a
duração da exposição. A absorção do cádmio é menor, quando o mesmo está agregado
em partículas maiores (>10 μm) e partículas insolúveis em água, e bem maior para as partículas menores (<0,1 μm) e solúveis
em água. O cádmio é classificado como agente carcinogênico (ATSDR, 2008b).
De acordo com Cardoso (2001), a exposição ao cádmio afeta o
sistema respiratório, cardiovascular, hematológico,
esquelético, hepático e renal.
Chumbo (Pb)
O chumbo é reconhecido pela Organização Mundial da
Saúde (OMS) como um dos elementos químicos mais perigosos para a saúde humana.
Em muitos países, o chumbo é o único metal cuja presença no ar é controlada por
legislação (VANZ; MIRLEAN; BAISCH, 2003).
Os sais de chumbo, por exemplo, causam
intoxicação que se manifestam por convulsões, náuseas, vômitos, paralisia,
psicose, anemia, afetando a medula óssea, esqueleto, e o sistema nervoso
central. Um efeito rápido é a inibição da produção de proteína (VAITSMAN;
AFONSO; DUTRA, 2001).
O chumbo pode ser encontrado em
todas as partes do nosso ambiente. As fontes antrópicas incluem a queima de
combustíveis fósseis, mineração e manufatura.
Os usos do chumbo são diversos: produção de baterias, munições, produtos de metal (solda e tubos) e
dispositivos para proteção dos raios-X (ATSDR, 2007b).
Por
causa de preocupações com a saúde, o uso do chumbo na gasolina, em tintas e produtos cerâmicos, em
calafetagem e tubos soldados, foi reduzido drasticamente nos últimos anos (ATSDR, 2007b).
Fonte Bibliográfica:
DRUMOND, A.R.S. (2012) "Dissertação". USO DO MÉTODO “MOSS BAG” COM Sphagnum capillifolium PARA O BIOMONITORAMENTO DE METAIS DA POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA EM IPATINGA, MINAS GERAIS. Programa de Pós-Graduação em Engenharia Industrial do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais-UNILESTE.
Para ter acesso à dissertação: http://www.unilestemg.br/portal/mestrado/dissertacoes/dissertacao_039_adriana.pdf
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